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Sustentabilidade

Querido(a) leitor(a), quando você ouvir falar em "sustentabilidade", saiba que não é apenas um novo modismo: é necessidade, é sobrevivência! O planeta é finito e assim suas reservas naturais. Se você quiser jogar algo fora, pense duas vezes antes de decidir: muito do que é lixo pode ser transformado ou ainda pode ser reaproveitado. Reflita, imagine possibilidades, crie! Tentaremos publicar ideias legais garimpadas na web, em passeios pelas cidades do mundo e projetos nossos, inspirados na sustentabilidade e na economia. Tudo para evitar o descarte de itens que ainda podem ser úteis e, de quebra, o consumo desnecessário. Se você tiver alguma ideia interessante, envie que publico e lhe dou os créditos!!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Luto - Santa Maria/RS - 27/01/2013

Aos enlutados, em respeito à vossa dor...



A MAIOR TRAGÉDIA DE NOSSAS VIDAS

Morri em Santa Maria hoje. Quem não morreu? Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça. 

A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão nefasta. 

Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia. Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa.

A fumaça corrompeu o céu para sempre. O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013.

As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada.

Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa.

Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio.

Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda.

Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência.

Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa.

Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram.

Morri sufocado de excesso de morte; como acordar de novo?

O prédio não aterrissou da manhã, como um avião desgovernado na pista.

A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.

Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. Não vão se lembrar de nada. Ou entender como se distanciaram de repente do futuro.

Mais de duzentos e cinquenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos.

Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal.

As famílias ainda procuram suas crianças. As crianças universitárias estão eternamente no silencioso.

Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.

As palavras perderam o sentido.

Fabrício Carpinejar (poeta.cronista)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Renovando uma cadeira

Olá pessoas queridas! Hoje vim mostrar pra vocês uma reforminha vapt-vupt de menos de 1 hora. Uma cadeirinha nova "em folha", sem sujeira... Esta cadeira é usada pela caçula, no quarto, para estudar. A estrutura ainda estava/está ótima (sequer precisava pintura)! Então, tendo um material básico e ferramentas, é rápido mesmo! Ela ficou assim....


E ela era, "rasgadamente", assim...


O negócio mais difícil foi emprestar as ferramentas do marido - brincadeirinha, isso foi fácil porque ele adora ver que são úteis pra mim também. Então, anote aí o que você pode precisar:
  • tecido para encapar
  • chave de fenda para desparafusar as partes (se for o caso)
  • grampeador de estofador
  • tesoura
  • manta/espuma
  • e vontade...
Abaixo mostro pra vocês algumas fotinhos do PAP. Quem sabe você fica animadinha(o) e arrisca... Comecei desparafusando as partes...




Com as ferramentas certas, tudo fica bem mais simples, sem fazer força e rápido. Depois de desmontadas, medi as peças sobre o tecido e sobre a manta. Usei uma manta que sobrou do laminado porque não tinha espuma. Quando você assenta laminado, usa-se uma manta macia que tem o objetivo de tirar pequenos desníveis do piso e, em apartamentos, ajudar no isolamento acústico. Do nosso laminado, sobrou um pouquinho de manta que guardei - e foi muito útil. Ao reformar essa cadeira, não removi o estofamento antigo. Apenas revesti-o com uma camada de manta mais o novo tecido. O motivo? Meu tecidinho novo é muito fraco (tricoline) e não é um tecido pra estofaria. Deixando o estofamento antigo, garanti uniformidade sob o tecido, e um pouco de resistência também.



Estica daqui, grampeia dali...


Com as peças grampeadas, voltei para estrutura e parafusei outra vez e ficou assim...








Será que ela vai curtir?  Eu adorei porque foi muito rápido e a cadeira ficou outra, né? Quando ficar feinha, providencio outro tecido bacaninha! Por enquanto, permanecendo dentro dos róseos a que estou autorizada... Espero que sirva de inspiração para você também! Beijos...

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Renovando um espelho...

Olá pessoas! (Um pós escrito, antes de tudo... sei que muitas pessoas estão passando por aqui, pessoas que eu costumava visitar também, ver seus trabalhos! Perdoem-me minha ausência em seus blogs. Assim que possível, eu retomo as visitas. A mudança já foi, me coloquei um pouco de "férias" depois da correria ano passado e tenho feito tudo mais lentamente. Aproveitando, também, que as filhotas estão viajando, estou fazendo tudo sem dia e sem horário, saindo da rotina. E quando voltarmos à rotina - aliás, como a gente ganha tempo ao se organizar, né? - volto às visitas com mais frequência, prometo. Continuando...) Ano passado, filhota mais velha comprou uns retalhinhos lá em Curitiba e mandou pra mamãezinha dela. Aqui, tínhamos um espelho sem graça, daqueles bem baratinhos, comprados em lojas de R$ 1,99. Compramos o espelho (pro banheiro) quando ainda não pensávamos em reformar e mudar pra casa e vínhamos aqui apenas para curtir um churrasquinho no fim de semana, ou passar umas horas arrancando mato do quintal... hehehe.. é, a gente é assim, meio tatu! O espelho aguentou todo o tempo da reforma e só conseguiu ficar com a moldura mais feia. Então, desmontei o dito cujo, limpei a cola que segurava o espelho, lixei a moldura, colei os tecidinhos e a moldura ficou assim...


Bem feminino e perfeito pra ficar no quarto da caçula. Material básico usado: retalhos de tecido, cola para decoupage, lixa, pincel, lápis, régua, tesoura, estilete, esponja velha, fita adesiva, martelo, pregos pequeninos... Segue o PAP - meio tosco - de como fiz (falta um fotógrafo pra me ajudar).



Acima, ele desmontado! A moldura estava revestida por um papel adesivo que imita madeira. Removi onde estava descolado e lixei bem pra não deixar arestas. Depois de lixada, limpei impurezas e sujidades mais grosseiras com ajuda de um estilete e removi o pó com uma esponja velha. (Olha ali o inseparável chimarrão - não sei fazer nada sem ele, hehehe)


Cortei os retalhinhos no tamanho desejado e fui intercalando, um de cada tipo. Primeiro, com pincel, uma camada de cola (não misturei, usei pura) na moldura. Daí assentei o tecido em sua posição. Na junção, sobrepus levemente o seguinte sobre o anterior, para que não aparecesse irregularidade do corte na emenda (evitando de deixar aparente a moldura antiga).


Nos cantinhos, medi e marquei no tecido, com lápis, para depois recortar, usando ângulo de 45°. Pra ficar bem fácil, deitei o tecido debaixo da moldura, posicionei e marquei os cantos internos e externos. Depois, com uma régua, uni os pontos num risco reto e recortei. Melhor que ficar medindo o ângulo. Os cantinhos ficaram perfeitinhos.


Primeiro - pra evitar lambuzeira e sujar o trabalho - colei a parte frontal. Aguardei secar, virei e comecei a colar a parte interna e a parte de trás. Usei um estilete pra empurrar o tecido nos cantinhos, de forma que ficasse bem acomodado e não formasse rugas.


No final, prendi, outra vez, a alça de suporte (ganchinho) na parte traseira do espelho com preguinhos pequeninos. Firmei o espelho na moldura passando no encaixe um pouco de cola. Aguardei secar e passei uma fita adesiva para reforçar (dessas fitas largas de embalar caixas) na parte traseira, prendendo o espelho à moldura. Faltaram mais fotos, mas entre limpar as mãos com cola e correr pro celular pra fotografar, fui esquecendo...







Que tal? Gostou? Espero que inspire você a renovar alguma coisa em sua casa também! Beijos e muita inspiração pra você! Até a próxima...



segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Jardins...

Olá! Ah, essas petúnias cheirosas!! É tanta flor e tanto perfume... sabe, não sou daquelas que gosta de jardim certinho, todo desenhadinho, jardineiras novas, vasos modernos... sou daquelas que vê um vaso velho e já imagina uma planta linda ali, repleta de flores ou exuberante no verde, das que gosta de reaproveitar lata velha... Gosto de jardim limpo, de poder desfrutá-lo, de grama verdinha e macia pra pisar descalça, de admirar a resistência das plantinhas que insistem em nascer em qualquer lugar, hehehe.. Daí que, quem curte vasinho novinho, projeto suuuper de paisagismo, tudo pintadinho e etc, vai se decepcionar! Se você for dessa(e)s, sinto muito, posso não lhe agradar! Mas acredito que vale o passeio só pelo colorido das flores, pela beleza e sabedoria da natureza, renascendo e recriando cenários conforme a chuva cai, o sol nasce, os dias passam e as estações se sucedem....


As petúnias acima foram plantadas numa varandinha que tem na frente da casa! E se você reparar bem, verá que a jardineira é toda remendada, hehehe, velhinha que só, da idade da morada... e aquela pedra lá no fundo, bem no alto da foto? Ela também é antiga e foi deixada, no meio do gramado, para compor o cenário delicioso que desfrutaremos sem moderação! Essa espécie de petúnia não é perene e não resiste ao inverno, infelizmente...

Antes de mostrar o jardim da frente, quero falar do jardim nos fundos! Lembra da orquídea que citei no post anterior (falo dela aqui também)? Pois é... abaixo, fotos das mudinhas no tronco cortado de pitangueira! Estão "pegando".


E aqui, no tronco da pitangueira que ainda nos dá frutinhas, próximas das petúnias que coloquei em vasos de garrafa pet (mostrei neste post aqui). Irão florescer ali, agarradinhas...


Estas petúnias sofreram um pouco no natal, porque estávamos viajando e faltaram regas. E fez muuuuito calor por aqueles dias! Porém, apesar disso, continuam florindo! Abaixo, duas plantinhas que ganhei das vizinhas. Uma samambaia bailarina e uma suculenta.



A samambaia precisa desmembrar porque está cheia de "batatinhas" e o vaso está pequeno pra ela!

Ah, e a pitangueira está repleta de frutas e flores! Vamos ter outra colheita pelos próximos dias... e frutas grandes desta vez. Acredito que o calor tenha ajudado nesta nova floração!






Aí marido foi limpar a calha da garagem - porque a pitangueira se espalha por cima dela e perde todas as folhinhas no inverno. E adivinhem o que ele encontrou? Mudinhas de pitangueira que nasceram entre as folhas mortas. Quer solo melhor? hehehe... claro que marido aproveitou algumas mudinhas e plantou em vasinhos que tínhamos aqui. Olha que beleza!


Bonitinhas, né? Tinha muuuitas mudas! Nem aproveitamos todas. 

E esqueci de tirar fotinho da grama dos fundos, mas está bonita, pode confiar. No sábado marido cortou e espalhamos terra preta (pra fechar as emendas entre as leivas e emparelhar a altura dela). A grama agradece um alimento assim e cresce rapidamente, bem verdinha e forte. 

Agora, siga-me até a parte da frente da casa, onde terminamos sexta... nesta imagem, as mesmas petúnias da primeira foto, mas vistas por quem chega na casa. Ao fundo/lado direito, o gramado do caminho do carro pra garagem...


Esta floreira não sofreu com a falta de rega porque é profunda e molhei bem antes de viajarmos. As florzinhas ficam super saudáveis e retribuem nessas cores... aliás, falando em cor, aquele marrom ou "cor de burro quando foge" (alguém já viu burro fugindo pra confirmar a cor comigo?) é a cor que a casa toda está pela parte que é vista da rua. Não tivesse sido mal pintada, até não estaria ruim. Contudo, além da cor escura (que não passa uma boa impressão e "fecha" muito pelo tom) e pela pintura ruim, quem olha de fora acha que a casa é bem mambembe. Rimos quando imaginamos o que as pessoas pensam da reforma que fizemos, pois externamente a casa não demonstra. A gente quase esquece desse detalhe quando lembra do trabalho interno realizado, da limpeza que fizemos no terreno e pelo capricho das flores e gramados... calçadas sempre limpas, lixo recolhido e poda das plantas que ficam no passeio público completam a certeza de que há zelo - não tenho nenhuma modéstia em afirmar! Mais que isso, acredito ser visível o quanto nos dá prazer cuidar assim do entorno do nosso lar...

E olha o resultado do trabalho aí, minha gente!


Bem à direita, na floreira, mudas coloridas de impatiens. Elas ainda não estão na sua melhor forma, mas ficarão e mostrarei a evolução. Uma pedra esquecida no gramado? É proposital... ela faz parte do jardim desde sempre, de quando meu marido era pequeno. Nada mais justo que continuasse ali... ao fundo, contra aquela parede branca nem tão branca (receberá caiação) tem um pergolado, rústico! Utilizamos madeira que foi removida das paredes internas da casa. Estão furadinhas pelos cupins, igual um queijo suíço! Marido passou veneninho pra matar as praguinhas e construiu um caminho para duas trepadeiras: uma alamanda rôxa à esquerda...



... e um jasmim dos poetas (está sem flores agora, o que é uma pena, porque segundo soube são muuuito cheirosas) à direita...


Para facilitar a vida do jasmim, amarrei um fio de nylon (um bem grosso, usado na construção civil) e enrolei as pontas da planta nele! Quando a alamanda e o jasmim se encontrarem, na parte superior do pergolado, teremos uma sombra boa pra desfrutar no banco que há embaixo. E mais à direita, tem outra muda de alamanda amarela - esta já tinha sido plantada pela sogra, foi cortada, mas está rebrotando de alguma raiz remanescente. Vai fechar a vista da rua para um corredor lateral interno com acesso apenas pela área de serviço (depois mostro ele) - a meia parede que tem um pedaço horizontal pequeno feito com elementos vazados. 

(Olha a alamanda amarela aqui - essa não é minha, peguei no Blog da Bruh)

O banco é de pedra, a mesma usada para construir meio-fio nos passeios públicos. Os pés dele são da mesma pedra, só que em tamanho menor. Antigamente usavam esta pedra para construir o fundamento (base) das casas e muros. O chão do pergolado foi feito que com tijolos de barro maciço. O efeito é bem rústico e esta é a intenção. Você pode estar se perguntando se a madeira irá resistir (já que está bem judiada pelos cupins)... quando ela deixar de resistir, trocaremos por outras, na mesma situação, que guardamos depois de tratadas. Material não faltará!

Abaixo, duas mudas de impatiens - tem mais cores. Elas estão salpicadas de branco porque passei a lavadora de pressão no muro hoje e respingou cal pra todo lado... hehehe...



Uma vista da floreira (desliguem da parede marrom)...


E está ficando assim... "ficando" porque um jardim, para ser belo (na minha singela opinião), precisa sofrer mudanças! Gosto quando a natureza intervém criando seus desenhos e cores, e gosto quando ela me faz pensar que a responsável sou eu (claro que eu sei que não é bem assim, mas finjo que acredito na minha ilusão)... :D


As leivas de grama esmeralda (mas báh, que maravilha esta senhora "leiva", né?) foram assentadas lado a lado. Quando ela enraizar, o desnível desaparecerá. O truque é preencher os espaços entre elas (e o desnível) com terra preta. Vai um tempo até que ela esteja toda nivelada (mas nem queremos tanto, afinal não é gramado de campo de golf ou de estádio de futebol), rs. Do lado de fora do muro, uma cerca viva de "coroa de Cristo". Quando marido podou, final do ano passado, plantou os melhores galhos nos pés do jacarandá mimoso que se vê atrás da grade, numa floreira que ele construiu ao redor da árvore. Tem dois jacarandás desse na frente da casa, no passeio. Nos dois ele construiu uma floreira e plantou os galhos de coroa.

(quando florido, o jacarandá mimoso fica assim - fonte blog O cultivo da vida)

Continuando...





E no começo do ano tivemos um probleminha nada bom: a fossa entupiu. Felizmente temos um rapaz de confiança que nos ajudou a limpá-la - devia fazer um tempão que ela não via uma limpeza. A única coisa ruim é que estragou um pouco o caminho de pedrinhas (britas) que eu tinha feito para o corredor lateral (o que só é acessado pela área de serviço) - misturou britas grandes com as pequenas, escuras com clarinhas! Assim que comprarmos mais britas para arrumar a calçada da frente, espalho um pouco sobre as escuras! Marido, mais uma vez, pendurou uma grade grande na parede (sobra da laje pré moldada) e uma veneziana de madeira que foi removida da casa (estava com a parte inferior apodrecida). Vão receber plantinhas, florzinhas - ainda estou estudando o que é melhor ali - e a hera. As janelas dos quartos e do banheiro dão pra esse mesmo corredor, tendo privacidade e menos ruído.


Bem, era isso... um "postão" (post grande, hehehe)! Mas deu pra mostrar um pouco do nosso último trabalho! Espero ter inspirado você! Vale lembrar que a qualidade das fotos é sofrível porque ainda estou sem câmera e usando o velho e querido celular. Como temos muitas prioridades ainda, e a câmera não está entre as primeiras, conto com ajuda da minha querida Pri. Então, assim que filhota chegar das férias com a super câmera dela, peço uns cliques com mais qualidade, certo? Até qualquer dia...