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terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Papel de parede totalmente biodegradável? Tem e eu ignorava...

Olá pessoas queridas!

Um tempo atrás fiquei sabendo de um produto interessante para a decoração. Até aí, tudo bem, pois tantas coisas novas acontecem, novas descobertas, produtos inovadores... E então o mesmo produto, outra vez surgiu na minha frente. Numa proposta sobre escrever um post a respeito do produto, tinha uma enorme dificuldade: o produto não é fabricado no Brasil e não possui representantes aqui ainda (pessoas da área, liguem-se na sugestão) de forma que não podia ter o material em mãos, testar. Solicitei uma amostra para teste e (pasmem) fui prontamente atendida. E é a partir deste ponto que começamos nossa conversa. Vamos lá?

Como o nosso foco aqui é reutilização de materiais, novos usos e busca por produtos sustentáveis (que sejam de um ciclo grande a infinito) de forma a não prejudicar mais ainda nosso sensível planeta, o papel de parede biodegradável e compostável veio super de encontro. E onde estão os benefícios deste produto novo?
  1. As matérias-primas são todas de fontes vegetais, segundo o fabricante - 65% linho e 35% viscose - os papéis de parede tradicionais possuem aditivos químicos ou materiais sintéticos na sua produção;
  2. o ciclo de vida é interminável - sendo compostável, ele gera nutrientes para uma nova produção de matéria-prima, ou alimentos, ou qualquer outra vida vegetal - o papel de parede tradicional, por sua composição, não pode ser compostado ou é danoso ao meio ambiente;
  3. a viscose é obtida através de fibras têxteis de madeira produzida de forma sustentável e certificada;
  4. o papel de parede "Veruso Lino" se degrada no período 6 a 12 meses, dependendo do clima de cada região - os papéis de parede comuns, na Europa, por exemplo, seguem para aterros ou são incinerados.

A textura do papel é semelhante ao tecido, muito agradável ao toque.

Além disso, existem outros benefícios deste papel de parede que não podem ser ignorados, tais como:
  • As fibras de linho com as quais o papel de parede é confeccionado são bactericidas (sim, você leu bem), quase totalmente antiestáticas e repelentes da sujeira - quem gosta de casa limpa, ama essa notícia.
  • Possui a capacidade de absorver melhor os sons, reduzindo o ruído interno produzido.
  • Isolante térmico - e isso vale tanto para o frio como para o calor.
  • Textura de tecido, o que é extremamente agradável ao toque e delicado.
  • Ajuda na regulação da umidade dos ambientes, absorvendo-a nos momentos em que há mais umidade e liberando-a em momentos que o ambiente está mais seco, como no uso de condicionadores de ar. Ressaltando que o fabricante não recomenda a instalação em ambientes normalmente mais úmidos como banheiros, cozinhas e porões.
  • A resistência dos produtos usados na fabricação tornam o produto mais durável. A cor e as tramas das fibras criaram um produto de design atemporal, que não precisa ser trocado com frequência.
  • Baixa inflamabilidade que, segundo padrões europeus e certificação, o produto também pode ser usado em espaços públicos como escritórios e hotéis.
  • O papel não oferece risco à saúde porque as matérias-primas são produzidas de forma orgânica e a cola usada também é orgânica, confirmado através de certificação.
Beleza, né? E o que isso tem a ver com nosso espaço aqui no blog? A parte da sustentabilidade que nos interessou foi saber que é totalmente compostável. Entããããoooo a gente está fazendo a experiência: vamos compostar o papel "Veruso Lino" e acompanhar o processo. Sim, vai ter outras postagens e vamos falar disso lá na fanpage do facebook. Acompanhe por lá também! Segue nossa experiência...

Assim que recebemos nossa amostra, começamos a pensar numa forma de testar o produto na composteira. Então criamos uma pequenina composteira e vamos utilizar gongolos. Conhece esse bichinho? Olha ele aqui!




Segundo aprendi com o Bruno, do Minhoca Urbana, eles são excelentes pra decompor este tipo de resíduo. Assim, peguei um potinho de sorvete (vazio, claro, hehehe) e furei o fundo (porque não quero que ele guarde água) e a tampa (pra entrar ar), coloquei uma camada de grama (cortamos nossa propria grama e ela serve de matéria seca para o minhocário), umedeci levemente, coloquei folhas da pitangueira (tem bastante aqui no jardim) e pequenos galhos que quebrei, um pouco de terra (os microorganismos contidos na terra são auxiliares na decomposição), camadas do papel de parede picado, mais camadas de grama, folhas, galhos, terra, papel de parede picado e finalizei com matéria seca (a grama). Coloquei dentro dois gongolos. Quero acrescentar mais assim que localizar mais alguns gongolos amigos e vamos acompanhar a compostagem acontecer.






Aguardaremos e daremos notícias conforme sentirmos que o processo está acontecendo!! Se você fôr arquiteto, decorador ou apenas uma pessoa interessada em conhecer o produto, segue aqui o link do fabricante - Papel de Parede dos Anos 70.

Por enquanto o papel compostável existe só na versão Veruso Lino. Mas a empresa está pesquisando outros modelos. O papel é totalmente produzido e comercializado na Europa, o que encarece o custo final. Mas tenho certeza que é o produto certo para quem trabalha com empreendimentos de alto padrão, aliando sustentabilidade à beleza e conforto.


A cor do papel nas fotos do site do fabricante é mais fiel ao produto in loco. Se quiser uma amostra, entre em contato com eles...

Era isso! Abraços e seguiremos acompanhando a compostagem da nossa amostra!